Um dos grandes motivos para o rápido - e precoce - desenvolvimento do Egito deve-se ao rio Nilo. O solo fértil existente ao redor deste rio permitiu o aumento da população (Era Neolítica) e, gradativamente esses habitantes aperfeiçoaram a produção agrícola. Os agrupamentos dos primeiros egípcios foram os nomos, pequenas tribos, que habitavam as margens do rio Nilo. A formação de uma estrutura de governo mais complexa surge por meio de articulações e uniões entre as tribos. O crescimento populacional e o desenvolvimento na produção agrícola culminaram no fortalecimento desses nomos e resultou na união destes e, num momento seguinte, na formação dos primeiros reinos: Alto Egito, ao Sul, e Baixo Egito, ao Norte, na região do delta do rio Nilo.
No ano de 3200 a.C., Menés, governante do Alto Egito, conseguiu submeter as tribos do norte do Egito, tornando-se o primeiro líder Faraó. O destino dos líderes locais (nomarcas) foram o de representarem a liderança do Estado egípcio, na nova ordem política. Além do poder político que um líder faraó adquiria ao assumir o trono, uma prática que lhe rendeu ainda mais influência e poder foi assumir o título de algum deus. A dominação política era fortalecida pela dominação das crenças e dos temores, pois o faraó não era apenas um humano, tinha status divino. Essa prática foi fundamental para a característica de governo que o Egito apresenta nesse período.
(Faraó Menés)
O governo dos líderes faraós constituiu um poderoso Estado, nos moldes da produção asiáticas, em que um indivíduo trabalhava determinado tempo para si e o restante para a manutenção do Estado. O aprimoramento dos sistemas de irrigação,a construção de aldeias e também a construção de monumentos arquitetônicos foram alguns dos vários trabalhos executados pela camada social mais baixa do Egito. Contudo, após o momento de desenvolvimento econômico, houve drásticas mudanças climáticas, influenciando nas cheias do rio Nilo e prejudicando diretamente a agricultura, base da economia egípcia. Este problema afetou as relações entre os grupos locais que, acumulando forças, enfraqueceram o poder centralizado do Egito. Essa crise, seguida de problemas políticos, findou a era do Antigo Império egípcio (3200 a.C.- 2300 a.C.) e facilitou as invasões provenientes do norte do Egito, pela região do delta do Nilo.
O momento subsequente da da história do Egito é o Médio Império (2000 a.C. - 1580 a.C.), no qual o líder faraó Mentuhotep II centralizou o poder em Tebas, eliminando os líderes locais (nomarcas). Este momento da história egípcia foi de grande ostentação e construção de suntuosos palácios e sarcófagos. Mas a população camponesa estava longe de ser beneficiada e muito menos de receber algum privilégio da elite egípcia. Novamente, grupos locais de nobres voltarem a reivindicar o poder local e desejavam a descentralização do poder (não porque os pobres camponeses sofriam. O motivo principal dos nobres egípcios se revoltarem foi justamente a perda de poder). Por esses motivos, houve o enfraquecimento do Estado e isso permitiu novas invasões, gerando outro momento de perda de autonomia por parte dos governantes egípcios.
(Escritos egípcios)
O apogeu da civilização egípcia foi no Novo Império (1580 a.C. - 525 a.C). Os principais nobres egípcios uniram forças e expulsaram e escravizaram os forasteiros. Dentre os povos escravizados, os principais foram os hebreus, cuja história é narrada no Antigo Testamento da Bíblia. Mais tarde, liderados por Moisés, os Hebreus fugiram do Egito e da escravidão em que viviam e foram para a " Terra Prometida".
Gradativamente, o Egito voltou a apresentar problemas internos e, por volta de 1100 a.C., voltou a se dividir em dois. O enfraquecimento do Estado estimulou mais invasões e a perda de sua autonomia política. Houve alguns curtos instantes de soberania do governo egípcio, contudo foram breves e insuficiente para votar à força do Novo Império. O Egito foi dominado por, praticamente. 2.500 anos após 525 a.C., sucessivamente por macedônios, romanos, árabes, turcos e finalmente ingleses.
Ao entendermos a história do Egito, temos uma breve noção da estrutura de outras civilizações que surgiram depois. O Estado egípcio se formou para organizar e desenvolver a produção agrícola. Ao agregar para dentro do poder estatal, símbolos religiosos, unindo as noções de Estado e religião, o Egito formou uma forte e duradoura civilização. as ofertas que iriam para os deuses foram convertidas para o Estado, uma manobra dos antigos faraós, reutilizadas em outras civilizações.
É isso aí galera, espero que tenham gostado dessa breve história, deixem sugestões nos comentários e compartilhem com os amigos. Obrigado!! ATÉ A PRÓXIMAAAA!!!!